quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Vamos ali, tomar um banho de mar!

Era sábado, e sábado, é dia de namoro, até pra quem já é casado. Sim, porque quanto mais casado, mais se deve namorar, afinal é para isso que a gente casa, pra ver o namorado todo dia! Fui convidada pelo namorado-marido, para tomar um banho de mar - leve roupa- ele disse - pode ser que a gente queira ficar. Sem pretensão, levei apenas um biquini, entrada de banho e toalha. Tem que tirar o sal do mar pra não molhar o banco do carro, porque as vezes, homem gosta mais do carro do que da gente! E lá fomos nós para o banho de mar. Passou Iguape, passou Morro Branco, passou Canoa Quebrada e nada do mar chegar. Quando chegou Icapui eu disse- espera, o Ceará já tá quase acabando e nada do mar chegar. Esse mar está aonde meu Deus? Foi quando para minha surpresa descobri que o banho de mar era uma praia chamada São Miguel do Gostoso, no Estado do Rio Grande do Norte. Bom gente, até chegar em São Miguel viajamos 580 km. O lugar é lindo, tem pousadas agradáveis e a praia ainda é limpinha como as areias de Canoa no tempo da minha infância. Na beira do mar tem algaroba nativa, e é possível curtir um visual maravilhoso. Precisa ir de carro, porque alguma praias são mais distantes, mas vale muito a pena! Foi um dia de namoro perfeito, que durou 3 dias! Roupas? Compramos no caminho. O que vale é ser estradeiro!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DOC R foi meu primeiro livro publicado. Embora simples e pequeno, foi delicadamente pensado. Seu formato de CD deu um tom de modernidade, permitindo que fosse carregado em bolsas e mochilas para ser lido divertidamente em qualquer lugar. Seus textos são resultado de uma colagem de crônicas escritas em diversos momentos das minhas viagens existenciais ou furtados das convivências alheias. É que muito do verde no jardim do escritor vem da grama do vizinho. Mais não tem. DOC R hoje é esgotado, nem eu mesmo o tenho. E não é porque acudiram todos a compra-lo, é porque foram poucos os lançados, por verba curta e pouca certeza de vendas. O exemplar que uso me é cedido gentilmente por minha mãe, que o cobra depois, pois em sua casa, meus livros ficam numa espécie de altar, debaixo de uma escultura que pretende ser um pensador. Fico lisonjeada pela associação. O altar, os livros e o pensador sentado sobre eles descansadamente. Estando esgotado, me resta compartilhar com vocês o miolo escrito, algo que farei com prazer durante as próximas postagens!
A viagem de hoje é leitura!
Ficha técnica:
Autor: Marcia Sucupira
Projeto Gráfico: Lamparina Comunicação
Ilustração: Arlene Holanda
Revisão: Fatima Sousa
Editoração: Francisco Oliveira
S942. C.D.D 869.34 C.D.U. 82-94


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Amigos estradeiros, passei um período sem postar aqui no blog, porque fui surpreendida pela intensa viagem da maternidade. Em 2012, engravidei do meu segundo filho, dessa vez uma menina, e fui cooptada pelas maravilhosas e apavorantes sensações de ser mãe! No comecinho da gravidez ainda metemos o pé na estrada, passando por Martins -RN, Mossoró RN e Natal. Depois a barriguinha foi ficando maior, o peso aumentou e a estrada foi ficando distante. Agora retornei, junto com meu fiel companheiro de estrada: O Gatinho. Não somos somente dois na estrada, incluímos nas andanças uma mini estradeira que usa o bagageiro na proporção inversa do seu tamanho. E vamos continuar conhecendo lugares novos, visitando os que mais gostamos e conversando com vocês sobre nossas viagens. Decidi embarcar nessa onda de turismo e vou incluir nas minhas postagens um pouco de informação sobre pousadas, hotéis e restaurantes. Assim, quem quiser uma opinião honesta, sem patrocínio de nenhuma natureza, pode ler um pouquinho aqui no blog!

Vou me despedir agora e deixar pra vocês uma foto interessante que tiramos na linha da Serra do Maciço de Baturité no Ceará. É uma imagem gigante de Nossa Senhora de Fátima, que foi construída por um empresário, cuja motivação não sei explicar. Embora o Estado brasileiro seja laico, sem religião oficial, o turismo religioso, de forma interessante, ve
m ganhando muita força, especialmente nos interiores do país. Um escritor francês, que gosto muito, e que me foi apresentado por Ana Valeska Maia Magalhães, chamado André Conte Sponville, fala que a política não  conseguiu dar respostas às angustias do século XX e agora, neste novo século, o que mais se vê crescer são movimentos de ordem religiosa. É pra se pensar porque transportamos a fé em nós mesmos para o transcendente.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O que aprendi com o vinho
A vida muda. Nietzche me falou que o homem é uma corda atada entre o animal e o além do homem, uma corda sobre um abismo. Ser que é animal e arte, tudo ao mesmo tempo. Se animais, anseios como permanência, manutenção, estabilidade e alimento nos dominam, nesse espaço, as mudanças constrangem, os sobressaltos atingem e, aos poucos, retiram a seiva que determina um olhar curioso e transcendente. No outro ponto,  arte nos enleva, nos proporciona a paixão, o desejo, a iminência da morte, intensos, por isso, temidos. Somos isso, nós homens, estabilidade e fúria, sustentados por meio de um tênue fio, erguido sobre esse abismo que pode ser chamado de construção da psique humana, ou de modo mais fácil, do que é feito esse sujeito.
Não adianta muito brigar com essa realidade estranha e concreta de que mudamos. Sim mudamos. Mudamos as idéias, os gostos, a atitude. A natureza não, essa permanece, ali, num canto desconhecido, que inevitavelmente vai divagar entre ser animal e além homem. Seremos sempre assim.
Vi muito mudar. Vi minha vida mudar ao balanço das minhas necessidades e ao desejo de minha arte. Ao meu redor  muitos também mudaram, de alguns me despedi, não houve outra saída, de outros me aproximei, pois a mudança estava mais próxima, em algum tempo futuro ou passado, daquilo que naquele instante desejava.
Então conheci o vinho. Para mim ainda um desconhecido.
Um novo amigo,  numa atitude de compartilhamento, nos apresentou uma pequena mostra de como degustar um vinho.
Enquanto sorvia aos poucos, em pequenas gotas delicadas, aqueles variados vinhos, ouvindo atenta a tudo quanto me era dito, e sorrindo muito, porque nada me trouxe mais alegria do que viver tudo aquilo de forma tão, tão inusitada, percebi que beber vinho nos leva a filosofar, sobre a vida e sobre as pessoas.
È que vinhos são como a vida. Alguns deles combinam com certos alimentos outros não. Alguns deles tem personalidade forte, agressiva, outros não. Esses últimos os mais singelos, nem por isso perdem sua delicada sedução, é que não se prestam a fazer gracinhas de início, chamando atenção, são assim, meio virginianos.
Cheirei os vinhos. Como é lindo e primitivo cheirar. Mais parecia uma criança, que esperta diante das proposituras do esquisito mundo adulto, cheira antes de provar. É assim com o vinho, a gente cheira, olha, tem impressões e depois prova, pra saber se combina com o imaginário feito a partir do instinto.
Mas não se engane. O primeiro cheiro não será o último, ele, o vinho, vai mudar de cheiro, vai mudar de cor, vai mudar de sabor, assim com a vida, assim como todos nós, essa imensas garrafas de vinho ambulantes, cheias de desejo, de aroma, de sabor e de expressão, ávidas de experiências e desejos, e livres para mudar, porque mudar não é ser pior, é apenas trocar de sabor, de frescor, de aparência, de cheiro.
Na essência seremos nós sempre vinho, eles da uva, nós do pó, ligados pela experiência absurda de nos manter ao mesmo tempo entre a corda fina de ser necessidade e arte.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

As Malas e os Malas
Duas coisas difíceis de administrar nas viagens são as malas e os malas. Quanto às malas, algumas dicas que aprendi com o tempo. Em viagens curtas calcule o que vai precisar, evite levar coisa demais, aposte em acessórios, echarpes, lencinhos. Na foto, ninguém vai olhar qual marca da camisa ou do protetor solar que você está, mas se tiver um detalhe, uma delicadeza no visual, vai chamar a atenção. Um lembrete: sabe aquele livro que você comprou por indicação de um amigo, abriu a primeira página, colocou o marcador e nunca mais leu? Pois é, não é nessa viagem que você vai conseguir.  Se quiser ler, invista em coisas mais breves, compradas nos próprios locais visitados, como por exemplo, as histórias sobre o lugar e coisas parecidas. Dessa maneira você não sobrecarrega o peso das malas e torna a viagem ainda mais interessante. Caso você curta comprar nas viagens, leve pouca coisa, coloque uma mala dentro da outra e compre nos lugares visitados e use as roupas e os objetos comprados na viagem. As fotos, além de bonitas, vão mostrar você com tudo novinho. Remédios, leve somente o que realmente usa rotineiramente, é improvável que você tenha todas as doenças dos remédios que leva, a não ser que você seja hipocondríaco, nesse caso, pra não virar um “mala” leve o que te faz feliz. Manter a mala organizada ajuda a curtir melhor a viagem, evita estresse na hora de mudar de lugar e dá uma sensação muito boa. Eu sempre levo comigo pequenas bolsinhas onde separo meias, bijus, roupa de dentro, maquiagem essencial e remédios. Fica bonitinho e muito organizado. Se você não tem um grave problema de couro cabeludo, não leve shampoo, condicionador ou itens pesados. Só atrapalha. Compre na viagem em frascos menores, use e se despeça deles na volta.
 Sobre os “Malas” é mais complicado. Viagens em grupo são sempre um desafio. Tente não ceder a tudo, mas também evite ser intransigente. Tem sempre alguém no grupo que vai tentar mostra o quanto é viajado e querer determinar sua agenda. Seja cortês, delicado e sugira os programas que tinha pensado em fazer. Se não der certo, faça cara de paisagem e dê uma desviadinha no caminho. Evite fazer encomendas aos amigos que viajam, isso é um saco! Às vezes gastamos mais tempo com as encomendas do que com as nossas próprias compras, e tem mais, hoje tudo vende pela internet, o mundo vem na sua porta, portando, não seja “mala” e deixe seus amigos curtirem a viagem, se eles quiserem, trarão uma lembrancinha pra você! Agora, se a viagem for a dois, respire fundo e curta bastante. Nada melhor do que ter companhia sem multidão. Apenas atente para as necessidade e desejos do seu parceiro ou parceira de viagem. As vezes, a intimidade da relação faz com que a gente sufoque as vontades do outro, e isso transforma a viagem para alguns em cumprimento de obrigações. Fuja disso. Estrada é pra curtir e se divertir! A fotinha que está nesse texto, é das minhas bolsinhas, companheiras inseparáveis dessa estradeira aqui!

sábado, 28 de abril de 2012

Lavar o suvaco em Lodres

Morei em Londres alguns meses. De início sofri um pouco com o clima austero, tanto físico quanto espiritual, mas aos poucos passei a conviver melhor, e em pouco tempo, me sentia inteiramente adaptada. Passou a fazer parte da minha rotina chegar no horário, não cuturar as pessoas, pegar o lugar correto na escada rolante e não fazer piada com o defeito alheio. A única coisa que estranhei foi banheiro com carpete e papel de parede. É que no Ceará banheiro a gente lava com Kiboa, esfregando os azulejos, então ficava sempre com a sensação de que os banheiros nunca estavam tão bem lavados quanto aqui! Coisa de virginiana transtornada. Teve também o chuveiro, que não era grudado no teto, tipo bica, como aqui. Era um telefone pendurado no meio da parede. Eu não podia lavar o suvaco direito. Porque um suvaco bem lavado precisa de água e sabão, ao mesmo tempo, mas com o bendito telefone chuveiro ou eu passava o chuveiro no suvaco ou passava o sabão, e pior, não podia errar demais a pontaria porque....tem papel de parede no banheiro, e papel de parede desgruda com água. Como é que eu podia lavar um suvaco que prestasse. Glossário: suvaco gente, é axila!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Buenos Aires


Linda nossa viagem a Buenos Aires. Ao contrário do que as vezes escutamos, fomos maravilhosamente tratados. O Juan, nosso guia, além de nos acompanhar em todos os passeios, se tornou um agradável estradeiro também. Em nossas viagens, somos pouco convencionais, gostamos de lugares diferentes e novos sabores a serem descobertos, mesmo assim, conhecemos vários lugares turisticos como a Praça de Maio, o Estádio do River e do Boca, a Catedral, O Senhor Tango e o famoso cemitério. Fizemos paradinha no Caminito, na véspera do ano novo. Tomamos uma gelada Quilmes e comemos bife de Lomo assistindo a um show de tango. Sabe de onde veio a bailarinha  do show? De Porto Alegre!!!!! Hahahahaha!!!!!!!!!  Dei conceito "A" de " Aprende Argentina"!